Aqui Dylan é representado por seis personagens, interpretadas por uma actriz e cinco actores: Cate Blanchett, Ben Whishaw, Christian Bale, Richard Gere, Marcus Carl Franklin e Heath Ledger.
Algumas destas personagens remetem para referências específicas da biografia do cantor, mas outras são mais metafóricas. As personagens de Ledger ou Blanchett evocam momentos da vida de Dylan. O velho Billy ( Richard Gere ) vive exilado nas montanhas, evocando o Oeste americano. Woody Guthrie (Franklin) é um músico negro de 11 anos que não abdica da sua guitarra onde se pode ler "esta máquina mata fascistas". Há, contudo, uma personagem recorrente, Arthur, um poeta que se autodenomina Rimbaud (Whishaw) e que funciona como narrador e símbolo da poesia europeia.
Estas são algumas das facetas, reais e imaginárias, que atravessam toda a carreira de Dylan.
A narrativa pouco linear e a originalidade das personagens não agrada a todo o público, mas a fotografia é excelente, destacando-se a alternância entre a cor e o preto e branco, consoante os momentos. Como é habitual num filme destes, temos uma banda sonora notável, com canções de Bob Dylan interpretadas pelos Pearl Jam, Sonic Youth ou Yo La Tengo, entre muitos outros.
O filme recebeu o Prémio Especial do Júri no Festival de Veneza e Cate Blanchett, para além da nomeação para o óscar de Melhor Actriz Secundária, recebeu o Globo de Ouro para Melhor Actriz Secundária e o Prémio de Melhor Actriz em Veneza.
Eu quero ver e... ouvir!!!
