19/03/2008

Boicote à compra de produtos chineses.


A União Budista Portuguesa e o Grupo de Apoio ao Tibete, que promovem hoje duas vigílias em Lisboa e no Porto, apelaram esta terça-feira a um boicote à compra de produtos chineses em Portugal.

Em comunicado, as duas organizações referem que «perante a gravíssima situação de opressão, violência e violação dos direitos humanos no Tibete e na própria China pelo governo chinês e a passividade dos governos mundiais, tem de ser a comunidade civil a tomar medidas efectivas que obriguem o governo chinês a recuar».

«Exortamos que se inicie e divulgue um boicote sistemático à compra de produtos chineses em Portugal e em todas as partes do mundo».
«Deixemos de ser cúmplices com a construção de uma grande potência económica à custa da opressão e exploração do seu próprio povo, do genocídio do povo tibetano e do apoio a regimes ditatoriais como o da antiga Birmânia», acrescentam.

Com o lema «Ontem por Timor, hoje pelo Tibete», estão marcadas para as 18h30 de hoje, duas vigílias em simultâneo, nas cidades de Lisboa e Porto.

Segundo os organizadores, a convocação surge «na sequência dos graves acontecimentos que ocorrem em Lhasa e noutros pontos do Tibete».

As autoridades chinesas informaram que nestes confrontos morreram 13 pessoas, mas o governo tibetano no exílio referiu que terá morrido cerca de uma centena.

A União Budista Portuguesa e a e a Songtsen-Casa da Cultura do Tibete estão ainda a promover uma petição online para que a Assembleia da República portuguesa aprove uma moção de censura à sistemática violação dos Direitos Humanos e das Liberdades Política e Religiosa no Tibete, por parte do Governo Chinês.

Esta petição já excedeu as quatro mil subscrições, número que tornará obrigatória a sua discussão na Assembleia da República.

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